domingo, 24 de outubro de 2010

O MITO DA TELINHA

Os meios de comunicação são mecanismos interessantes que dão vida a educação. Utilizando a linguagem conceitual falada e escrita mais racional, pois segundo MORAN 1994, P.44 “... imagem palavra e música se integram dentro de um contexto comunicacional afetivo de forte impacto emocional que facilita, e predispõe a conhecer mais favoravelmente.”
Os meios de comunicação como exemplo a TV, nos envolve através de imagem, palavra, música, afetivamente, desperta emoções imediatas, que orientam as compreensão da realidade no nível analógico e/ou conceitual, porém o uso da TV no campo da educacional gerava um discurso em monólogo mesmo que o professor pudesse realizar debates a respeito do conteúdo, ou seja professor e aluno ficaram presos ao discurso da TV ou DVD entre outros.
Com o computador tanto o professor como os alunos ganham interatividade ao editar, fazer links, tirar copia, incluindo figuras, imagens, sons e músicas, podendo-se nele salvar e imprimir inúmeros documentos sem desperdiçar folhas o que nos permite usar o computador como uma ferramenta completa de (tele) comunicações, além de claro da possibilidade da interatividade via uma “central de comunicações” como: Rádio, TV, Telefone, Fax e Copiadora ao alcance das mãos em um único objeto capaz de transmitir textos, sons, imagens, bem como a comunicação simultânea com pessoas de diferentes lugares e de permitir a permanência de mensagens em diferentes tempos de emissão e recepção. O uso do computador permite a chegada do saber e a quebra de barreiras do tempo e do espaço propicia também os que estudam a trabalham pois não precisam estar presos a horários. Por outro lado temos a AeD-educação a distância e uma época marcada pela inclusão digital que pode ou não solucionar o problema da exclusão Educacional .
Nas ultimas décadas os recursos tecnológicos (computador) vem sendo implementados nas escolas públicas e privadas como uma ferramenta indispensável à imagem da escola que se intitula “ progressista”. A preocupação é que pais e profissionais da educação vêem o computador como solução para o atual sistema de ensino. Lembra Hasse, 1999, p.131-132, “ ... nenhuma proposta de uso de tecnologia, , até o momento, por si só produziu melhoria na qualidade de ensino.” É importante lembrar que o computador por si só pode ser uma contribuição positiva ou negativa para o ensino e aprendizagem dependendo da forma como for utilizado.

O TRABALHO COM PROJETO É SIGNIFICATIVO?

LECIONAR COM PROJETOS POSSIBILITA O TRABALHO ARTICULADO EM QUE OS ALUNOS USAM DE FORMA INTERATIVA QUATRO ATIVIDADES LINGUISTICAS BÁSICAS COMO:FALAR,OUVIR,LER E ESCREVER A PARTIR DE MUITOS E VARIADOS GÊNEROS TEXTUAIS NAS VÁRIAS ÁRES DO CONHECIMENTO, TENDO EM VISTA UMA SITUAÇÃO DIDÁTICA QUE PODE SER MAIS SIGNIFICATIVA PARA ELAS.
ESSA MODALIDADE DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO PREVÊ UM PRODUTO FINAL CUJO PLANEJAMENTO TEM OBJETIVOS CLAROS, DIMENSIONAMENTO DO TEMPO, DIVISÃO DE TAREFAS, E POR FIM A AVALIAÇÃO FINAL EM FUNÇÃO DO QUE SE PRETENDIA.
PARA UM BOM DESENVOLVIMENTO DO PROJETO É PRECISO PERMITIR COM QUE CADA ESTUDANTE TENHA AUTONOMIA PESSOAL E RESPONSABILIDADE COLETIVA. É PRECISO TAMBÉM, DISCUTIR O PROJETO COM OS PAIS E A COMUNIDADE NO SENTIDO DE TER ADESÃO DELES EM RELAÇÃO A FINALIDADE DESSE TRABALHO ASSIM COMO POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES. DIANTE DISSO É CLARO QUE O TRABALHO COM PROJETOS É SIGNIFICATIVO.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Tecnologia e Metodologia

TÍTULO:TECNOLOGIA E METODOLOGIA

CLASSIFICAÇÃO: EDUCAÇÃO SUPERIOR
ENDEREÇO DA PÁGINA:http://www.youtube.com/watch?v=IJY-NIhdw_4&NR=1

O vídeo Tecnologia e metodologia me faz levantar uma questão também citada por Ladislau Dowbor em seu vídeo Educação e tecnologia publicado em março de 2007. Na entrevista ele fala que diariamente surgem novas tecnologias em todas as áreas, porém, são apresentadas aos profissionais, sejam eles educadores ou não, sem proporcionar-lhes antes uma formação possibilitando assim dominar essa nova tecnologia. Sem essa formação é claro que o professor pode ter as melhores ferramentas na sala de aula, porém se ele não aprender como utilizar nunca irá mudar sua metodologia de trabalho. Para mim falta formação continuada sempre.
PLANO DE AULA

Professora: Regina Maciana de Oliveira
Anos Iniciais do Ensino Fundamental

LENDO FÁBULAS

OBJETIVOS:
• Trabalhar com as estratégias de leitura, no sentido de a criança ir tomando consciência de que o processo de ler prevê seleção, antecipação, inferência e verificação de aspectos do texto que se lê.
• Trazer o repertório do leitor para a compreensão textual discutindo elementos como: autor, título, sumário, capa e ilustrações.
• Ampliar as referências culturais dos leitores especialmente os conteúdos das diversas áreas do conhecimento, refletindo sobre seus aspectos polêmicos bem como a perspectiva do narrador e do leitor aproveitando o momento para ajudar ao aluno a fazer paráfrases orais ou escritas do que leu e produzir textos em outras linguagens como desenho, pintura, dramatização, etc...


O QUE SÃO FABULAS?

A fábula é uma das mais antigas maneiras de se contar uma história. O autor grego Esopo usava muitos bichos como personagens de suas fábulas, como tartarugas, lebres, raposas, formigas e cigarras. Através das histórias ele criticava os valores da sociedade de sua época, para mostrar o que é certo e o que é errado.

QUEM FOI ESOPO?

Acredita-se que Esopo tenha vivido no Século VI a.C. Provavelmente foi capturado em uma guerra e virou escravo na Grécia. Mas não há provas históricas de que ele tenha existido. O que não dá para negar é que há mais de 300 histórias, com características semelhantes, que podem ter sido escritas ou reescritas e divulgadas por ele.

FÁBULAS ANIMADAS

A cigarra e a formiga
A águia ferida por uma flecha
A tartaruga e a lebre
A raposa e as uvas

Desenvolvimento do Trabalho

1- Antes da Leitura
•Acomodar os alunos de modo que se sintam confortáveis;
•Mostrar a capa do livro e discutir as ilustrações;
•Ler o título do livro “Fábulas de Esopo”. Peça para algum aluno que conhece fábulas contar algumas histórias que conhecem;
•Contar aos alunos quem foi Esopo considerado o maior divulgador de fábulas. Se lembrar-se de Monteiro Lobato incentive para que falem a respeito o autor também escreveu suas versões de algumas fábulas;
•Ler o título de algumas fábulas perguntando se as crianças conhecem algumas delas;

2 – Durante a Leitura
•Antes de realizar a leitura da fábula para os alunos peça que prestem atenção – em quem participa da história e como agem; nos momentos da narrativa, no ensinamento presente na fábula;
•Ler, expressivamente, a história;

3 – Depois da história
•Discutir as hipóteses dos alunos levantadas no momento;
•Conversar sobre os personagens da história;
•Problematizar a questão falando também sobre o comportamento humano em determinadas situações, deixando claro que esta é uma característica da fábula como gênero textual;
•Fazer oralmente exercícios de substituição de certas palavras ou expressões do texto;
•Fazer uma lista com os títulos das fabulas que as crianças conhecem;
•Ler novamente a moral da fábula criando questionamentos como: concordam com ela? Por quê? Conhecem alguém que viveu? Como foi?
•Reescrever a fábula e fazer a ilustração;

ANTÔNIO NÔVOA

Educação 2021: Para uma História do Futuro

PRIMEIRO TEMPO HISTÓRICO

1870 – CONSOLIDAÇÃO E DIFUSÃO DO MODELO ESCOLAR
Em 1870 começou-se a organizar o modelo de educação que conhecemos nos dias de hoje. A ação realizada por estadistas e educadores, médicos e professores, arquitetos e pedagogos, entre tantos outros, contribuiu para formatar um modelo que deve assegurar a consolidação da identidade nacional e a preparação para a nova sociedade industrial em espaços que preservem a saúde das crianças e lhes permitam progredir de forma sistemática nas aprendizagens escolares.
A escola de massa é um dos grandes acontecimentos que transforma as sociedades ao longo do século XX definindo assim novas formas de organização da vida familiar e social.

Do Passado ao Futuro _ É possível identificar três cenários de evolução dos sistemas de ensino:
• Primeiro aponta para o regresso, pois propõe que cada família ou comunidade deve ter a sua própria escola, reservada aos seus e protegida dos outros evidenciando o ensino doméstico em casa.
• Segundo baseia-se na educação como bem privado onde o Estado deve adster-se se limitando a criar e divulgar indicadores de qualidade das escolas permitindo as famílias a fazer uma escolha informada da melhor escola para seus filhos e a financiar os mais desfavorecidos através do vale educação afim de assegurar equidade no acesso à educação.
• Terceiro alicerça-se na importância das novas tecnologias onde a educação pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora, tendo como referencia professores reais ou virtuais. Para alguns autores a escola tal como conhecemos deixaria de existir e em seu lugar haverá centros de aprendizagens que funcionarão sete dias da semana e 24 horas por dia com professores a distância e salas dentro do computador.

SEGUNDO TEMPO HISTÓRICO

1920 – EDUCAÇÕES NOVA E PEDAGOGIA MODERNA
Entre 1870 e 1920 ouve um avanço no desenvolvimento de idéias pedagógicas respeito do estudo da criança e na produção de uma ciência da educação. As teses da Educação nova se definem em quatro princípios: Educação Integral, autonomia do educando, métodos ativos e diferenciação pedagógica. A pedagogia moderna elabora e difunde socialmente modos de conceber a educação que se tornarão dominantes na sociedade do século XX.
O conceito de educação integral é aquele que melhor simboliza este movimento, pois a escola deveria encarregar-se da formação da criança em todas as dimensões da sua vida. A escola desviou-se muitas vezes das tarefas do ensino e da aprendizagem para se dedicar às missões sociais.

Do Passado ao Futuro _ A crítica principal que hoje se dirige à escola diz respeito à sua incapacidade para promover as aprendizagens, respondendo assim aos desafios da sociedade do conhecimento. Por isso vamos analisar dois cenários que são portadores de uma lógica de escolarização.
• Primeiro a escola no centro da coletividade, orientando-se primordialmente para missões sociais, de apoio às crianças e às suas famílias, sobretudo no caso dos meios menos favorecidos ocupando-se de um conjunto de outras competências sociais e culturais, constituindo um lugar de referência para as comunidades locais compensando assim a incapacidade da família.
• Segundo a escola como organização centrada na aprendizagem chama a atenção para a importância do saber e da aprendizagem nas sociedades do século XXI recusando a idéia de que a escola pode tudo, identificando os aspectos centrais, específicos e prioritários do trabalho escolar deixando a sociedade educar os seus membros.

TERCEIRO TEMPO HISTÓRICO

1970 – DESESCOLARIZAÇÃO DA SOCIEDADE
Cem anos depois, o modelo escolar é seriamente posto em debate por uma série de movimentos e correntes que combate a “desescolarização da sociedade”. A Educação Permanente é uma nova perspectiva, que leva os educadores a redefinir toda e qualquer educação onde por um lado a possibilidade de uma “educação desescolarizada”, isto é, de uma educação liberta das estruturas institucional e baseada em redes informais de aprendizagem ou “teias de oportunidades”; por outro lado, a defesa de uma educação que não se limite, primordialmente, aos aspectos da formação profissional e que abranja as questões da sociedade, da cultura e do “aprender a ser”.

Do Passado ao Futuro _ Podemos imaginar três cenários se inserem na procura de alternativas para o modelo escolar e para a forma como ele se desenvolveu desde finais do século XIX.
• Primeiro _ A idéia das redes de aprendizagem surge com naturalidade, “o passado” revela-se no mito de um tempo em que não havia escolas, no qual as pessoas se educavam ao ritmo da vida das sociedades, aprendendo de modo informal. A “o futuro” alimenta-se sempre de uma utopia tecnológica, de um dispositivo que permita, enfim, colocar a aprendizagem e o saber ao alcance de todos.
• Segundo _ está bem presente, hoje, nas políticas educativa. O conceito aprendizagem ao longo da vida, ou seja, a sua operacionalização tem-se feito, fundamentalmente, no quadro das políticas do emprego e da requalificação profissional. Educação Permanente começou por ser um direito depois se transformou numa necessidade e agora se impõe como uma obrigação para conseguir um emprego digno.
• Terceiro _ A escola deve libertar-se de uma visão regeneradora ou reparadora da sociedade, assumindo que é apenas uma entre as muitas instituições da sociedade que promovem a educação. Nesse sentido, pensar de outro modo o espaço público da educação.


UM TEMPO FUTURO
2021 – AINDA SEM NOME

EDUCAÇÃO PUBLICA ESCOLAS DIFERENTES.
Nos tempos atuais a educação deve se definida como um bem público. A defesa de uma educação pública depende, hoje, de uma mudança dos sistemas de ensino de modo a possibilitar o desenvolvimento de escolas diferentes com liberdade de organização, de construção de projetos educativos e definição de currículos diferenciados, tendo como base em acordos com sociedades científicas ou universidades. As famílias e os alunos devem poder escolher a sua escola e, simultaneamente, participar na definição do seu projeto educativo.

ESCOLA CENTRADA NA APRENDIZAGEM
Para assegurar que todas as crianças adquirem uma base comum de conhecimentos é preciso que as crianças e os jovens, sobretudo aqueles que vêm de meios desfavorecidos, reencontrem um sentido para a escola, pois só assim a escola deixara de cumprir algumas missões sociais e assistenciais.
Promover a aprendizagem é compreender a importância da relação ao saber, é instaurar formas novas de pensar e de trabalhar na escola, é construir um conhecimento que se inscreve numa trajetória pessoal. Também é necessário que as escolas se libertem das estruturas físicas em que têm vivido desde o final do século XIX. E mobilizem-se para a criação de ambientes educativos inovadores.


ESPAÇO PÙBLICO DE EDUCAÇÃO: UM NOVO CONTRATO EDUCATIVO
Essa proposta rompe com a tradição de ir atribuindo à escola todas as missões e a responsabilidade é partilhada por um conjunto de atores e de instâncias sociais não ficando apenas nas mãos dos educadores profissionais, mas evoluir para uma maior responsabilidade da sociedade. As sociedades têm se dotado de instituições de cultura, de ciência, de desporto ou de arte como nunca existiram no passado reforçando a necessidade de reconstruir solidariedades, espaços de convívio, de vida social e cultural, que tenham como um dos pontos centrais a educação das crianças e dos jovens. Essas idéias só poderão ser úteis se forem devidamente contextualizadas e adaptadas à realidade de cada região e de cada país.